Poethomem



É pouco o peito do homem
para o poeta guardar:
ele está como represa
quando vai arrebentar.

É pouco o peito do homem
para o rio que dentro dele
quer, sôfrego, navegar.

Mas o homem é necessário,
dele o poeta precisa:
um é unho — o outro é vário,
um voa — o outro pisa.

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