20, 21 e 22, qual será o primo?

Falam a língua do ódio?
O mundo e suas línguas todas?
E o que quero com as línguas? Talvez chupá-las? Talvez pregá-las numa estaca?
O que quero com o ódio? Só mais uma linguagem do mundo?
O que procuro uma própria linguagem ou uma linguagem já repetida e aprendida?
Senhores da guerra, brincando em um cérebro atômico, num jardim de orquídeas fúcsias?
O que será essa linguagem, o que será disso tudo, o que será que foi, o que será que fiz, onde fiz, na noite adentro?
Falam?  Escuto? Será louco, ou imundo?
Onde estou agora a contemplar esse mundo em absinto? Onde está agora a erva da querida daninha?
Onde está meu sangue (impuro) que perdi naquele dia?
Daninha, minha querida amiga,
Não trate assim dessa intriga,
Quanto mais maldiga,
Mais inquilina da alma maldita.
Oh Deus, Deus dos doentes, miseráveis e poetas, onde está Vossa infinita cura da maligna?
Falam a língua do ódio, posso auscultá-la ao longe - a lua me fala - o ódio vai avante.
A lua, já não tem seu tempo, o arco da lua é conflitante com o momento,
O tempo, já é o do fim.
O tempo, já não é começo.
O tempo, já é estreito.
O tempo, já é alheio.
VENDE-SE TEMPO, diz o ódio.
VENDE-SE A MORTE, diz o amor.
Falam-se línguas estranhas, gritos de desespero e angustia são ouvidos,
Como sair de um abismo, quando você é o abismo?
Como trair o amigo se o Judas é o abrigo?
A língua do ódio é mais simples de ser entendida,
A língua do amor é mais triste de ser compreendia.
Mas, eu, como humano, homo-sapiens-sapiens, não entendo nem compreendo,
A altura de um alento,
Além Tejo, além tudo.além.mundo.
Oh escritos bizarros, de um bizarro medonho, não travaste a conquista de um desbarate?
Não tentaste o bom combate?
[Não] Sou só,
[Não] Sou Mó,
[Não] Sou nó,
[Não] Sou ló.
Não sendo, ando e desando a um tanto e canto.
E as línguas? Será que as falo?
I Don’t Speak English Spirit of hate....
Criado por C.A.C.C.Severrú Neron

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