O Tempo

O que me mostra as horas?
A velhice a bater nas portas?
O vazio solitário da viuvez
Dos que partem sem sensatez?

Me mostra vida, a hora,
Dos  momentos mais únicos,
Deslumbramentos abundantes
Da esperança lograda.

Enquanto escrevo, os segundos se perdem
Na constância e preciosismo
Do seu comunicar minutos.

Passa, mas não agora,
O meu espírito em lamento,
Só a solidão de mais um dia fraudulento.

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