Poema

Meu demônio pessoal quer possuir
Meus desejos de meditação,
Se permito à tentação,
Ela vem me consumir.
Meu demônio diz ao meu ouvido,
Não servir para nada:
Matuto, mulambo, caranguejo.
No mangue é onde se esconde
O vagar espanto.
Meu demônio são vários,
Legiões de egos infernais.
Quanto mais oro e faço,
Mais aparecem pertubações.
Meu demônio não me ajuda,
Chuta meu rosto na lama,
Cospe na cara de quem amo,
Zomba do flagelo na rua.
Meu anjo é melhor que meu demônio,
Digladiam-se nas agruras do ar na promessa do tempo.
Der poetischen Inspiration César Augusto Severrú


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