Poema 8/05/2009

Papai do céu, por favor,
Abençoa meu avô Portugal,
Não se esqueça, em sua bondade,
De minha mãe Brasil, guerreira.
Que meu pai Maranhão, amante,
Não se deixe ser esquecido por Ti
Nos braços da morte.

Há línguas de morte que devasta,
Furacão infernal tropeço,
Ao caminho do escolhido,
Para ser ultrajo e judio.

Coitada da Mme. Lua,
Todo mês ela sangra,
Sofre com dores sofríveis,
A transformação da vida.

Só sabe quem é samba,
O que é Brasil,
Quem não é bamba,
Com samba não se dá bem não.

Toda a correria de um homem,
Só leva a fim mundano:
A morte e a cova profunda,
Sem esquecer o caixão e a tumba.

A diferença da bondade
Para a imundície,
Está no cheiro.

Preferiria não ter vista,
Assim não veria o que é indigno.

Preferiria não ter audição,
Assim não escutaria blasfêmia e devassidão.

Preferiria não ter fala,
Assim não difamaria meu irmão.

Preferiria não ter tato,
Assim não sentiria o gozo mortal.

Preferiria não ter vida,
Assim não viveria mais o vivido.

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