Artigo sexto com câncer


Reza a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 que um dos direitos “sociais” mais importantes é a Saúde. Qual! Onde está a saúde do Brasil? O que procuro é a Saúde, já que os direitos  sabemos nós, o povo, onde se encontra. Uma nação sem Saúde é uma nação doente. Como trabalhará o desvalido acabrunhado em dores? Como o estudante público alcançará seus sonhos se nele não existe Saúde adequada para sua caminhada? A Saúde do país, não é uma santa cruz a nos valer. Pobres servidores, enfermeiros grosseiros, médicos bestiais, equipamentos arcaicos e poucas vagas para quem precisa. Neste Estado, acontece algo lúgubre e tristonho, nunca dantes acontecido:
O “cidadão” se chamava Raimundo Alves  José. Eleitor, pagante de seus impostos, contribuinte do INAMPS, morador da Baixada Maranhense: precisamente no município de Presidente Sarney, à uns 50 km de Pinheiro. No tempo onde cada homem necessita de cuidados especiais, ele também precisou. Só que Raimundo não exorbitava em dinheiro para possuir plano de saúde; correu para o S.U.S. Nessa corrida, tão dificultosa, mas vivida da esperança, ele agiu. Veio a capital maranhense onde, pensava o mesmo, “talvez seja melhor atendido em São Luís do que aqui”. Sofreu e amargurou-se, na esperança de sua cura, mas antes, o diagnóstico do seu problema era necessário. O pobre homem contorcia-se de dores, porquanto não sabia o que tinha, de que mal padecia. Chegando a capital, não havia vagas. Daqui à quinze dias é que haveria vaga para o médico diagnosticar sua doença. Ele foi forte, conseguiu agüentar 15 dias de dores insuportáveis: era homem bravo. Foi consultado. Uma bateria de exames foram pedidos pelo doutor. Se viu aflito na fila de marcação de consultas. Dias e dias de dores fustigantes e de paciência  para aguardar sua vez na fila de espera. Conseguiu marcar sua vez: para o próximo mês. E as dores estavam com ele, onde quer que andasse. Esperou, esperou e esperou, até que um dia a dor foi tão aguda que o Sr° Raimundo veio a falecer. Não no leito de hospital, onde ele deveria estar, mas nas ruas, bebendo e se drogando para fugir da dor. Todo “cidadão” brasileiro tem direito à Vida, e para ter ávida vida é preciso Saúde necessária. Rezemos.

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