Cântico

Quem poderia louvar-Te o bastante segundo o teu valor
Para onde dirigirei os meus olhos para louvar-Te
Para cima, para baixo, para dentro, ou para fora
Não há nenhuma via, nenhum lugar, nem criatura alguma fora de Ti;tudo está em Ti, de Ti tudo provém.
Tudo concedes e nada tomas, porque tudo possuis,e nada há que não Te pertença.
Quando Te entoarei louvor
Pois é impossível sabera Tua hora e o Teu tempo.
E por que deveria eu entoar-te louvores
Pelo que criaste ou pelo que não criaste
Pelo que manifestaste ou pelo que conservas oculto
E com que Te entoaria louvor
Como se algo me pertencesse, como se possuísse algo de próprio, ou fosse outra coisa senão Tu! Porque tu és tudo o que eu possa ser;és tudo o que eu possa fazer; tudo quanto eu possa dizer.
Porque Tu és tudo, e nada há além de Ti!
Mesmo o que não existe, Tu és.
És tudo o que veio a ser e tudo o que ainda não foi manifesto:
Espírito, quando contemplado pela alma-espírito;
Pai, quando dás forma ao universo todo;
Deus, quando Te revelas como força ativa universal;
o bem, porque criaste todas as coisas.
O mais sutil da matéria é o ar;
o mais sutil do ar é a alma;
o mais sutil da alma é o espírito;
o mais sutil do espírito é Deus.

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